agosto 03, 2012

Mulher e trabalho: Carreira ou filhos?

Vivemos hoje em uma sociedade onde uma determinada cultura procura destacar-se de Deus, cancelar todos os valores que são a vida, o compromisso, a fidelidade, a atenção ao outro e que a mulher sempre transmitiu para a família porque é intrínseca na sua feminilidade.Fazendo acreditar que a própria realização da mulher esteja fora do âmbito familiar, em outros campos, propondo tudo como uma conquista, uma libertação, uma meta de felicidade garantida.
Segunda esta ‘visão’ a ‘vocação para a família’, o ocupar-se principalmente do marido e dos filhos, parece ser coisa de outros tempos, quase impensável e considerada até frustrante por muitas mulheres.
Sendo a família a célula da sociedade, é nela que nascem os futuros cidadãos e então não é possível delegar a tarefa de crescer e educar os filhos somente às escolas, instituições, à paróquia.
Isto foi evidenciado também pela Igreja: a mulher deve ser presente ativamente e com firmeza na família (…) pois é ali, sobretudo, que se forma a face de um povo, é ali que seus membros adquirem os ensinamentos fundamentais. Estes aprendem a amar enquanto são amados gratuitamente, aprendem a respeitar qualquer pessoa enquanto são respeitadas, aprendem a conhecer a face de Deus enquanto recebem a primeira revelação pelo pai ou pela mãe cheios de atenção (Carta dos bispos sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo).
A importância e o peso do trabalho da mulher dentro do núcleo familiar devem ser reconhecidos e valorizados. João Paulo II escrevia que o “cansaço” da mulher que dá a luz a um filho e depois o alimenta, cuida, trata do seu crescimento e educação – particularmente nos primeiros anos de vida – é tão grande que não deve causar medo no confronto com nenhum trabalho profissional (cfr Carta às famílias).
Este pensamento, infelizmente é muito distante daquele que prevalece hoje. Um certo feminismo, procura tornar a mulher sempre mais parecida com o homem, colocando-a em competição nas fábricas, escritórios, na política, nas instituições, “distorcendo-a” e levando-a a negligenciar os filhos.
Presumem que as crianças existam, pois muitas vezes a mulher em carreira “escolhe” não ter filhos, porque são vistos como um impedimento para o melhor desempenho do seu trabalho ou como um ônus a mais. Ou em um determinado momento, na altura em que a juventude deixou caminho a uma idade mais madura, se deseja um filho a qualquer custo. Sim, aquele filho que por muitos anos tentou evitar, agora o deseja, quase “por encomenda”, sem perceber que é na verdade um grande dom de Deus, para pedir e proteger. E para acolher quando Deus quiser conceder-lhe.
É bom que a mulher trabalhe, contribuindo para o sustento famíliar e para o desenvolvimento da sociedade. A Igreja aprecia que esta tenha acesso a posições de responsabilidade, a fim de promover o bem comum e encontrar soluções inovadoras para os diversos problemas sócio-económicos.
O problema é que a atividade externa absorve muito do seu tempo e energia, tanto física quanto mental, tornando a mulher quase incapaz de responder plenamente à vocação de esposa, de mãe e de desempenhar adequadamente todas as tarefas a ela relacionadas.
Edith Stein, também conhecida também como Santa Teresa Benedita da Cruz, escreveu que muitas mulheres são quase esmagadas sob o duplo fardo das obrigações do trabalho e da família. Sempre em ação, com pressa, sempre nervosa e irritada. De onde se pode tirar a serenidade e a alegria interior para oferecer a todos o sustento, o apoio, a direção?
E as conseqüências de tudo isso são as pequenas brigas diárias, as discussões com o marido e os filhos, que muitas vezes quebram a tranquilidade, a paz e a harmonia que deveria reinar entre as quatro paredes domésticas. É um erro pensar que podemos realizar melhorias na sociedade sem primeiro amar, sem ser atento e saber como sacrificar-se por aqueles que vivem ao nosso lado. Neste caso, a mulher não pode sentir-se realizada ou feliz, mesmo havendo um ótimo trabalho.
É por isso que a Igreja insiste em que a legislação e as organizações de trabalho não penalizem as exigências relativas à missão da mulher na família. E este é um problema não apenas e não tanto jurídico ou econômico, mas acima de tudo, é uma maneira errada de pensar, é um problema cultural.
Deve, assim, explorar adequadamente, primeiramente a nível de mentalidade, o trabalho das mulheres na família. Se não for assim, a mulher que dedica seu tempo em casa sempre será sempre penalizada do ponto de vista econômico e considerada, de certo modo, inferior àquela que em vez disso tem um emprego externo.
É necessário uma “mudança de pensamento” para ajudar as mulheres que querem desenvolver outros trabalhos, se a legislação proporcionasse horários mais acessíveis e compatíveis com a vida familiar. Seriam reduzidas as situações estressantes e fomentada a possibilidade de desempenhar o papel principal de esposa e mãe. Papel que é realmente insubstituível. Não se pode acreditar que é possível realizar essa tarefa dando às crianças dinheiro, presentes e tudo que for pedido, pois vai chegar o dia em que eles vão dizer que para eles não foi feito nada.
Muitas vezes os jovens de hoje se sentem vazios, sozinhos, mesmo tendo “tudo”, falta a certeza de serem amados, a sensação de estarem realmente no centro da atenção dos pais, especialmente da mãe, porque ninguém pode tomar o lugar da mãe.
Crescerá madura e sem complexos aquela criança que tenha conhecido o calor dos braços de sua mãe. Nenhum psicólogo pode substituir o trabalho do coração de uma mãe que bate sobre o de seu filho.
Por Irmã M. Caterina Gatti ICMS
Fonte: ZENIT.org (tradução:MEM)

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