fevereiro 28, 2008

1694 Convento de Nossa Senhora da Luz, Lisboa (junto a Carnide) Portugal II

D. Maria Francisca Isabel de Sabóia. Rainha de Portugal
Convento do Santo Crucifixo (Francesinhas)
Pouco distante do lugar de Carnide, uma légua da cidade de Lisboa, para a parte do Ocidente, fundou pelos anos de 1694,Nuno Barreto Fuzeiro, e sua mulher D. Maria Pimenta, outro Convento para Religiosas Recolectas da Ordem da Conceição de Nossa Senhora, que em Espanha instituiu a Venerável D. Beatriz da Silva, não menos ilustre no sangue, que nas virtudes, irmã do Beato Amadeu, bem conhecido em todo o mundo pela sua exemplar vida, e misteriosas revelações. Fez-se a construção deste edifício com tão altivo cuidado, que já no ano de 1698, poderá começar nele a observância Regular; o que não pode efectuar-se senão no ano de 1706, quando nele entrarão a 25 de Agosto as primeiras Fundadoras; a Madre Maria Madalena do Sepulcro, primeira Abadessa, a Madre Jacinta da Madre de Deus, Vigária, e Mestra de Noviças, e a Madre Catarina Maria do Lado, todas três Religiosas Capuchinhas Francesas do Convento do Santo Crucifixo da cidade de Lisboa, fundação sumptuosa da Augustíssima Rainha D. Maria Francisca Isabel de Sabóia, pelos anos de 1667. Ornaram os Fundadores a nova Igreja com belíssimas imagens, ricos castiçais, lâmpadas, e vasos, de prata, e dourados, vistosos ornatos de flores de seda, e vasos de porcelana, cortinados mui ricos, e todo o Templo tão perfeitamente ornado, que em tudo pareceu fundação Real.
Fonte: “Jardim do Ceo, Plantado no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Cidade de Braga”, da Madre Maria Benta do Ceo, Religiosa professa do mesmo Convento da Conceição de Braga. Lisboa, na Oficina de Manoel Coelho Amado, Ano de M.DCC.LXVI; pág. 38 e 39.
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1699 Convento de Nª Sra. da Conceição de Carnide em Lisboa

NOSSA SENHORA DA CONCEICÃO DE CARNIDE (Freg. de Carnide) Pouco conseguimos apurar acerca desta casa religiosa. Situado na Estrada da Luz a seguir ao Largo do mesmo nome, 0 convento foi fundado por Nuno Barreto Fuseiro e sua mulher, D. Maria Pimenta, em terrenos seus. Ficou a pertencer a regra de Santa Clara das freiras recoletas de Nossa Senhora da Conceição, inaugurado em 1699. Sofreu quase completa destruição com o terramoto, embora ainda la permanecessem as freiras ate 1767, altura em que saíram para o convento de Arroios, ficando então o convento devoluto. Foi depois reedificado, embora já modificado na sua traça primitiva, continuando, contudo, com carácter de recolhimento. Fonte: “Os Conventos de Lisboa”, de Baltazar Matos Caeiro, 1989 Destri Editora, Sacavém, pág.54

1731 * Monasterio de la Purísima Concepción de Estella (Navarra)

fevereiro 27, 2008

1756 «A Sopa dos Pobres»

"CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE ARROIOS " (Freg. de S. Jorge de Arroios)
O sítio de Arroios, que serviu em 1569 de cemitério comum às vítimas da peste, era então arrabalde da cidade, onde havia um antiquíssimo chafariz muito utilizado pelos transeuntes dessa zona limítrofe de Lisboa.
Aí se fundou um noviciado, em 1705, colégio conventual da Companhia de Jesus, que tinha como padroeira Nossa Senhora da Nazaré e benfeitora D. Catarina de Bragança (filha de D. João lv), com o intuito de incentivar as vocações sacerdotais para as missões na Índia.
O terramoto de 1755 veio a destruir o convento da Imaculada Conceição de Carnide — pertencente às freiras Concepcionistas Franciscanas, Ordem criada em 1489 por Beatriz da Silva e Meneses (canonizada por Paulo VI) —, pelo que o Marquês de Pombal ordenou a transferência das poucas irmãs que se haviam salvo e dos seus parcos haveres para o noviciado de Arroios, na altura já abandonado pelos Jesuítas.
Por isso, só após 1756 o antigo noviciado passou a convento das freiras da Imaculada Conceição ou Recoletas de Nossa Senhora da Conceição, e ficou conhecido por Convento de Nossa Senhora da Conceição da Luz de Arroios.
A igréja data provavelmente do início do século XVIII. Mas tanto a igreja como o edifício conventual tinham a traça das casas da Companhia de Jesus, em polígono, com imagens dos Santos Padroeiros e claustro com lambrins em pedra de lioz.
Possuía nos quatro ângulos da igreja, quatro estátuas imitando pedra e com uma grandeza muito maior do que o natural, representando Santo Inácio de Loiola, 5. Francisco Xavier, 5. Estalisnau Koscta e 5. Luís de Gonzaga. No portal armoriado da igreja podem ainda ver-se as armas de Portugal e de lnglatera, por ter sido D. Catarina (viúva de Carlos II) a subsidiar toda a obra. Possuía um «ossário» ou «carneiro» abobadado do início do séc. XVIII por detrás do altar-mor, onde já no nosso século foram descobertos esqueletos e inscrições murais de freiras, provavelmente aí enterradas vivas.
Com a primeira invasão francesa por Junot, em 1807, o povo refugiou-se em Lisboa e arredores no meio de grandes necessidades de cómodos e alimentos, pelo que as freiras de Arroios organizavam uma distribuição de sopa duas vezes por dia para socorrer os pobres.
Tal ficou conhecido por «Sopa de Arroios».
Foi dentro dos seus muros que esteve prisioneira, em 1834, a mandado de D. Miguel, a Condessa de Ribeira Grande, por partilhar ideologia liberal.
Após a extinção das Ordens Religiosas nesse mesmo ano, ficaria o convento devoluto em 1890 com a morte da última freira, vindo a ser anexado em 1892 ao Hospital de S. José, para servir de enfermaria à «tísica» e à «varíola», com a denominação de Hospital de Dona Amélia (1898).
O culto do templo continuaria a processar-se até à implantação da República, sendo então encerrado definitivamente.
Continua, hoje, como unidade hospitalar pertencente aos Hospitais Civis de Lisboa.
De: «Conventos de Lisboa» de Baltazar de Campo,1998

1886 Castellón de la Plana - Monasterio de la Purísima Concepción de Benicarló (Castellón de la Plana)


Avé Maria Puríssima !

Santa Beatriz da Silva

As Irmãs a seguir

Campo Maior - Portugal

Espanha - Galeria _ Fed. Sta María de Guadalupe

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Brasil - Galeria _ Fed. Imaculada Conceição

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